Breve biografia do artista

Frans Krajcberg nasceu em Kozienice, na Polônia, em 1921, mas é naturalizado brasileiro. Pintor, escultor, gravadore fotógrafo, estudou Engenharia e Artes na Universidade de Leningrado. Prosseguiu seus estudos na Academia de Belas-Artes de Stuttgart e foi aluno de Willy Baumeister, professor da Bauhaus. Suas pinturas, esculturas e relevos fazem parte do acervo de vários museus, no Brasil e exterior. Ele utiliza como matéria-prima de suas criações cipós, troncos de madeira queimada, raízes, folhas, manifestando inquietação diante da devastação da natureza pelo homem, que "continua sem saber como aproveitar a floresta sem destruí-la." Sua forma de denunciar a devastação ambiental é através da sua arte que transforma natureza morta em vida. O artista foi combatente do Exército Soviético durante a Segunda Guerra Mundial e perdeu sua família para o regime nazista que dizimou milhões de judeus em campos de concentração. Após perder a família na guerra, chegou ao Brasil em 1948, vindo a participar da primeira Bienal de arte de São Paulo, em 1951. Em 1957, conquista o prêmio de Melhor Pintor Nacional na 4ª Bienal de São Paulo. De 1958 a 1964, viveu entre as cidades de Paris, Ibiza e Rio de Janeiro, onde produziu os seus primeiros trabalhos, fruto do contato direto com a natureza. Na década de 1960, morou em uma caverna no Pico da Cata Branca, região de Itabirito, no interior de Minas Gerias. Nesse instante pode-se dizer que Krajcberg atingiu sua maturidade como artista, produzindo gravuras em relevo e esculturas pintadas, nas quais utilizava pedras, árvores, raízes e os mais diferentes materiais de origem mineral e vegetal.
Em 1964, executou as suas primeiras esculturas com troncos de árvores mortas. Realizou diversas viagens à Amazônia e ao Pantanal Matogrossense, fotografando e documentando os desmatamentos, além de recolher materiais para as suas obras. Na nécada de 1970, ganhou projeção internacional com as suas esculturas de madeira calcinada.
Atualmente vive no Sítio Natura, no município de Nova Viçosa, Bahia. Reside em uma casa construída no topo de uma frondosa espécie nativa, a doze metros do solo.